Cansado de ser o radinho de pilha amigo
Que a tudo acata,
que a tudo vibra.
Exausto.
Exausto.
De histórias urbanas,
Gogós sertanejos,
Horóscopos tortos
Comícios, festejos.
Retiraram-lhe o cordão umbilical;
novamente o itinerário denotava questão de tempo
ao trágico ensejo.
A freqüência modulada descobria o véu da memória,
O chiado reticente era tal qual sinestesia insistente que
remetia a um momento onde era divida uma história;
E ao passo do descompasso:
A vida.
Segue o rádio sua saga:
Segue.
O rádio.
A sina.
De ser mais que simples arauto transistorizado.
Mais do que lhe permitiam...
Mas foi um instante de descuido de seu amigo-dono
Que o radinho resolveu entregar os pontos:
Acovardou-se feito ele.
E chorou chiando
Jogou-se, arquibancada abaixo, abortando sua missão.
Não quis narrar o inenarrável...
(Produção conjunta by Ana Priscila e Eduardo Marques)
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