quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Mosqueando.


De olhos infantilizados observava uma mosca.

Que sublime objeto de engenharia essa máquina alada desperta em minha consciência dédalônica!

Seus mapas asas hidrográficos.

Sua trombeta açucarenta.

Suas ósculas escafândricas que lhe conferem tal fisionomia protuberantemente ambervisiônica.


Serão seus olhos grandes ou os meus?


Mas, de repente, tudo volta aos coliformes.

Foi-se, ela, ligeira, em busca de lugares menos acétpicamente sufocantes. 

Guardei em estojo toda a epifania pensante a flutuar.

Voltei aos nomes, pronomes, adjetivos, substantivos e tantos sujeitos indeterminados.

Ali onde é impossívelmente equivocado, conjugar o verbo mosquear.


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