domingo, 29 de maio de 2011
Pela cidade
Tributável passo cinza em meio a seus prédios.
Todos passam com muita pressa
e a pressa não passa.
Aquela impávida estátua morreu de tédio?
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Orestes
Cada traço, traço in verso refletido.
Mônadas desgarradas,
um alfabeto de mãos dadas,
com Eumênides ou o Destino.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Superealismo
Tem dias que sou acometido por hidroelétricas emoções de vaca.
Peso pensamento fincado no pasto.
Nada importa o absurdo de Tudo ou o absurdo que Tudo que faça.
Malhas pretas e brancas ruminando sonolentas
o repasto se movendo ao vento.
É só um interstício aqui dentro.
Num tom de laconismo que passa.
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