sábado, 24 de novembro de 2007

Mentiras sinceras muito me interessam.
Sussurros norteadores que revelam o que se é displicentemente.

Alguns pequenos passos ao espaço literato escondem o ego acendendo incenso perfumado em palavras que instigam o paladar dos viventes pela subjetiva sinestesia do olfato.

O devir:
espaço eqüidistante da mão ao papel é um hipotético arco-íris de cores a serem psicografadas da alma como trabalho de criança [empunhando lápis de cor, canetinha, giz de cera]
ainda por colorir.

Que caiam por terra todas as verdades auto-suficientes!

Palavras-ícones imóveis que confortam tantas mentes em status correto de bom expectador.

Arquétipos pré-moldados sobre imensos alicerces fabricados onde a dor subsiste na utopia dos padrões de felicidade e satisfação.

Meu ébrio equilíbrio de convicção esferográfica revela e disfarça o que fui e o que não sou: um mentiroso velado cheio de boas intenções.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Alô povão agora é sério!!!

Olha o alter-ego aí gente!

Chora cavaco!

Cansei do carnaval das identidades
Todos os foliões jogando serpentina na avenida das virtualidades e sambando o compasso da cidade ilusória.
Máscaras fotoshopadas impulsionam histórias embaladas em tecnológicas emoções que não rodam em Linux

Um libelo ecoa pelos k bytes contra a mecanização dos viventes
Em relações que explodem um ideal onde o palpável-real vai se tornando distante ou ausente em projeções que desviam o sujeito do mundo concreto.

Mesmo assim, resisto aos embates de lança em punho, olhar sincero, verbo livre, amor direto.

Sem tantas reprimendas internas e tantos escudos externos que não protegem as artérias de contendas ao toque do pêlo aos poros.

Apenas sublinham um senso que se pensa seguro
Contingências criadas pedra a pedra que cercam um pequeno castelo de sonhos com muro auto-preservação.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Reza a Vela


Cospe fogo o arauto contra prolixa dislexia dos canonizados em esfinges e suas verdades auto-sufientes proferidas do alto de herméticos santuátios. Um eterno desacordo entre as palavras sagradas e o lirismo puro e claro dos pagãos incitados ao dogmatismo mercantil cronomonetário.

Não penso, logo desisto. Copio tudo direitinho pra transcrever o correto na balança final. Uns arbiotários enganam que ensinam e, os bisonhos seminaristas sacrários vomitam o mesmo terço, rezando igual ao das pontífices autoridades.

Tudo religiosamente normalizado, pequenas obscenidades da liturgia cotidiana destiladas em meta-exorcismos de tantas sacralizadas inutididáticas insanas.

Alguns anos de genuflexório põem, sem problemas, em evidência os novos doutores de canudo e pedabobas pseudo-heroínas do apertar parafusos do sistema. Mais alguns rezadores a entorpecer mentes voadoras na brasa xilocaína. Rezam as práticas pra seu glor(insosso)çobrável suor de cada dia azeitar e mover as poderosas máquinas da Nova (des)Ordem Mundial.

Misericórdia senhor! Ui, ui, tenho medo. Trago estacas, alho, crucifixo e rosário nos dedos. Digo Cruz em Credo saí exu da Quizumba! Atiro água benta, faço promessa, santinho na carteira, cachaça barata em beira de estrada derramando pipoca na macumba.

O que mais eu faço?! Sinceramente já não sei, não sei... Clamo obstinadamente ajuda dos Deuses e alguns poucos adjuntórios clarividentes enquanto entidades pegajosas me desbundam a resposta insofismável iguais aos mesmos ectoplasmas deprimentes (a)lunos:

“Sim Sr., fazer-vo-lo-ei...”



*(a)luno: ser desprovido de luz.