terça-feira, 6 de novembro de 2007

Reza a Vela


Cospe fogo o arauto contra prolixa dislexia dos canonizados em esfinges e suas verdades auto-sufientes proferidas do alto de herméticos santuátios. Um eterno desacordo entre as palavras sagradas e o lirismo puro e claro dos pagãos incitados ao dogmatismo mercantil cronomonetário.

Não penso, logo desisto. Copio tudo direitinho pra transcrever o correto na balança final. Uns arbiotários enganam que ensinam e, os bisonhos seminaristas sacrários vomitam o mesmo terço, rezando igual ao das pontífices autoridades.

Tudo religiosamente normalizado, pequenas obscenidades da liturgia cotidiana destiladas em meta-exorcismos de tantas sacralizadas inutididáticas insanas.

Alguns anos de genuflexório põem, sem problemas, em evidência os novos doutores de canudo e pedabobas pseudo-heroínas do apertar parafusos do sistema. Mais alguns rezadores a entorpecer mentes voadoras na brasa xilocaína. Rezam as práticas pra seu glor(insosso)çobrável suor de cada dia azeitar e mover as poderosas máquinas da Nova (des)Ordem Mundial.

Misericórdia senhor! Ui, ui, tenho medo. Trago estacas, alho, crucifixo e rosário nos dedos. Digo Cruz em Credo saí exu da Quizumba! Atiro água benta, faço promessa, santinho na carteira, cachaça barata em beira de estrada derramando pipoca na macumba.

O que mais eu faço?! Sinceramente já não sei, não sei... Clamo obstinadamente ajuda dos Deuses e alguns poucos adjuntórios clarividentes enquanto entidades pegajosas me desbundam a resposta insofismável iguais aos mesmos ectoplasmas deprimentes (a)lunos:

“Sim Sr., fazer-vo-lo-ei...”



*(a)luno: ser desprovido de luz.

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