domingo, 28 de março de 2010

Manifesto do Eu Lírico.


Tu, Ser mentiroso, que me obriga a satisfazer teus torpes ardis. 

Escreves com a poeira do rancor nos olhos tua letra morta.

Te escondes atrás de mim por vergonha de si mesmo.

Não, não quero essa hostilidade exagerada! 

Enxuga já essa lágrima falsamente atenuada. 

Pega tuas reticências melancólicas, tua exclamação rocambólica e firma o passo no ponto final. 

Nessa tua falsa humildade de confidências íntimas, aspiras passar a posteridade com essa entifada descarga de privada cardíaca.

Não me aborreça com essa mendicância sentimentalista, indulgência à "inspirações".

Vai dar uma volta, tomar um sorvete...

Terapia é mais eficiente que destilar frustrações.

Vai por mim, tenho experiência.


Ah... Que saudade do Drummond...

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