Ando cansado... tecendo mortalhas à fantasmas que velam emoções defuntas. Lembranças num teatro estranho do passado... Cinzas em uma garrafa lançada ao mar, não resta nada. Vejo a estrada de volta pelo retrovisor do meu mundo inverso. Sim, inverso pois andamos em contagem regressiva na direção ao fato sem explicação que é marca do nosso estranho destino sobre a Terra. E o que há de tão monstruoso sobre as palavras não-ditas? Fetos rejeitados de histórias desconhescíveis que poderiam ser escritas. Linha e agulha ligeira sobre feridas que não se vê. Mas essa é a questão: quanto de mim se perde entre pontos, vírgulas, exclamações, alguns erros de gramática e uma grande interrogação? Uma mensagem em uma garrafa vagando ao acaso, na solidão. Um pedido de socorro ao mundo. Fácil escrever profundamente aqui no que há lá dentro. Basta um ponto, nova linha, travessão...
terça-feira, 18 de setembro de 2007
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