segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Mas ah guri atilado* esse Eduardo Marques (é atilado, não atirado viu), quando toma uma biritinha então Deusulivre. Ah, quem me vê nessas festas bombantes entre vultos delirantes espremendo alguém contra as paredes, não sabe cabedal romântico do jovem mancebo.

Sim, sim... Entre tantos beijos loucos perdidos e muitos segredos inconfessavelmente roucos ditos pelos ouvidos, mora um eterno e ingênuo romântico. Daqueles que sonham com uma vida tranqüila numa casa de campo em meio a crianças brincando e galinhas ciscando a seu estilo. Daqueles que suspira em comedinhas românticas holiudianas água com açúcar e aspira um sincero/eterno e único amor super-tranqüilo.

Me assusto comigo mesmo vez em quando. Há um duplo/uno em mim, um espírito xipófago meio físico, meio espiritual. Que idealiza o paraíso, mas depois de algumas noites deveras insanas sofre a diligente ressaca moral dos ébrios hiperpassionais sem juízo.

Me confundo de onde parto e já não sei bem onde quero chegar. Sou o anjo que aspira o sentimento mais puro e incondicional e ao mesmo tempo demônio que põe em chamas todos os verbos do arcabouço dos pudores: pirotécnico do pré-requisito moral.

Ah, mas que cadeia de carbono pensante estranha tu és ser das trevas da luxúria física incontrolável. Querubin da altura metafísica infindável do se perder sentimental.


*Atilado: adj. Esperto, sagaz. / Ajuizado, discreto. / Esmerado, apurado.

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