quarta-feira, 28 de abril de 2010

Verbalística

O lirismo é a arma.

Vem sorrateira do plano imagético

enche o peito hipotético e dispara matadeira palavra-projétil.

Vítimas transcendem estatísticas, alvejante  

intifada correndo em fogo cruzado e - jamais -,

desemerecendo o "tiro ao Álvaro",

sempre tem onde furar.

Discurso-escudo,

de nada,

Vale,

em vão,

inunda.



O projétil, citado, corta o vácuo, 

termo-guiado - no vazio se propaga -,  

ao calcanhar de Aquiles.

E se a arma lhe falha, mestre no rabo de arraia, 

puxa da manga, em riste, a tenra a navalha e

dá chá de sumiço.

O segredo é de Estado, o ofício arriscado:

segurar o atômico disparo da Pandora anímica.

O agente sem nome.

  Verbalística.

Um comentário:

Kadica disse...

http://www.youtube.com/results?search_query=drexler+aquiles&aq=f

Jorge Drexler - Aquiles por su talón es Aquiles