sábado, 24 de abril de 2010

Cotidiano.

Todo o lirismo verteu.

Extensa sangria.

Tentei conter gotículas várias com as mãos.

Tudo escorreu.

Um gesto cálido impedido na paliçada. 

De repente, lhe falei, assim...

E me refletiu uma gramática fria em meias palavras.

Insípido óbvio virtual.

Nenhuma derradeira centelha que me acenda.

Oxigênio raro resíduo umbilical.

Esmoreceram as pautas.

Da euforia mágica do enrendo.

À apatia trágica do engano.

Formalidade diplomática.

Gentileza burocrática.

Fósforo riscado.

Cotidiano.

Um comentário:

Kadica disse...

Gostei muito de teus escritos, principalmente este, gosto de falar tb das coisas cotidianas.

Parabéns!

Claudia